Dos meus sonhos, eu sou aquele que mais cintila, brilha, grita e buisca

sábado, 26 de julho de 2014

Voar antes de criar asas...















Enquanto prismas vertem para a resolução límpida e cristalina
das imagens que se sobrepõem às íris,
retenho meu intento ufanista e otimista...
eis que é preciso olhar alhures, pra o que está além das estrelas...

sob meus pés, o solo de cimento, enterra segredos e medos.
Os sinais cinzentos, inserem ao vento, e feito atos de degredo
abstêm-nos do poder de nos sabermos...

As crianças brincam nos parques das creches,
enquanto riscam o céu, bólidos de velocidade fantástica.
O movimento rápido e célere, derruba a estática,
e ei-nos ansiosos, a querer mergulhar nas coisas mais práticas...

Enquanto novas linguagens surgem, advindas de deuses,
habitantes de terras milhóes de anos distantes,
eis que meu querer derroga privilégios aos idos instantes...
eis que minha força de cantar, dá as mãos ao que se fazia elegante
e imbuídos de graça e charme, nos vestimos elegantes
e bailamos perante os olhares soberbos dos milhões de visitantes,
que objetivam conhecer o céu, sem desvendar os segredos da terra...

josemir(aolongo...)

Despertar de novo...













Embora moribundo,
sinto que meu copo
procura seu norte

O vizinho me traz remédio...
O outro, me traz doces...
nesse constante leva e traz,
do que supostamente
aliviará meu corpo,
inserindo-lhe paz,
observo que as coisas mudam...
que as pressões cedem...
que os objetivos se multiplicam.

Um tanto quanto refeito,
percebo-me afeito aos quereres
mais amplos.
Relevo os enganos de antes,
e dou diretriz nova aos meus prazeres.
Agora, mais límpidos,
bem aprofundados em meus instantes
coloco-me mais à disposição da mudança...

Com olhar mais vivo...
redesperto-me

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Assim são as minhas prerrogativas...

















Somente seria minha, uma visão que fluí feito magia...
um algo encantado, que domina as vertentes do dia a dia,
e acresce sempre um alento, uma reação anti nostalgia;;;
ao meu quarto, apetrechos, guardados e rascunhos de poesia.

Somente seria meu, um sonho que viaja além cantoria,
e se coloca feito amor de mãe que acalenta e guia.
Que alimenta, intrinsecamente sustenta, e dá cor à alegria.

Somente seriam meus, os sonhos que não vêm à revelia.
Aqueles que completam o ciclo de minha mente sadia,
e que elevam minha vida, sem entrementes, ou todavia.

Somente seriam os meus, o Bem querer, que à alma auxilia.
A hora mansa, que doce e suavemente, afasta a brisa fria.
As horas, que por ora, vestem de inspiração, minha doce filosofia.
O instante, que por obra sagrada, ampara meu corpo, e das dores, o alivia,
a trazer-lhe a mansuetude da manhã, que leve e poeticamente, nasceria,
deixando à mostra, toda um canto coletivo, coberto por sublime euforia.

Somente seriam minhas obras, aquelas que se livram das manhas e manias.
Aquelas, que se colocam altívolas, feito alva folia,
e me garantem, que sob a dor, eu jamais sucumbiria...

Assim são as prerrogativas minhas, sem mentiras, jamais vazias.
Simplesmente veras, na força e na paz do que se faz luzir no que encantado, ascenderia.

josemir (aolongo...)




segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dia após dia...

Não me considero um alguém realmente centrado...
tipo aqueles, que quando focam uma meta,
haja tempestade, vendaval, abalo, ferida aberta,
conseguem realçar, modo pleno, o objetivo buscado.

Tampouco, nasci pra ser expert, ou algum tipo de exemplo.
Em verdade, nada em mim, chama a atenção.
Sou um cara meio que estranho, que procura ter a noção
do que significa em mim, a mensagem do tempo.

Sigo articulando idéias, costurando projetos...
não carrego a esperança de ganhar um imenso pote de ouro.
Não me vejo por completo, inserido num retrato tolo.
Sigo meus quereres, modo e meio, libertos.

Talvez eu seja o retrato abstruso de uma grande maioria.
Por isso jamais chegarei a ser a diferença que move e muda.
A espetacular visão de um poeta, que o todo, desnuda.
Talvez eu prefira viver os meus sonhos, dia após dia...

josemir(aolongo...)

Livre arbítrio...


















Ninguém sabe de verdade,
onde realmente insere-se a devassa e a mansidão.
Ninguém sabe, ninguém sabe...
No âmbito interno de nossas entranhas,
ao mesmo tempo em que somos calmaria,
somos turbilhão...

bem vinda seja sempre essa linha cortante,
que durante séculos, sempre sazonalmente,
interpela nossos atos...
por vezes, trava-nos...
por vezes, acelera-nos...

no contexto soberano das idéias prontas,
resolutamente, forma ousada,
eis que percorro minha estrada
sabendo que me corrói a insegurança
da incerteza...
ou, tendo pleno conhecimento,
que ela pode ou não existir...
basta crer no que há de vir...
não de forma dogmática,
mas de forma prática,
pois que sabemos que a opção
a nós pertence...

josemir(aolongo...)

Meros sonhares...
















O que existe de real entre as visagens, que bailam diante nossos mirares,
é a convulsão de fatos e detalhes, que quais entalhes, invadem pensamentos milhares
arruinando quereres
, falindo a essência cognitiva, daquilo que não crê em azares...

o rompante que tremula nosso corpo, e absorve-nos modo e maneira, são os cantares,
justo aqueles que passeiam pelos nossos desejos, almejos de viajores milenares,
e faz-nos cantar embevecidos, diante dos sóis, céus, e toda a extensão dos mares.

O que por vezes prende-nos a um emaranhado de situações diversas, são os nossos pares,
pois que claudicam em decisões importantes, e nos impedem habitar os lugares,
onde a paz pode teimar e chegar, vinda de outros segmentos, viajando por outros ares.

O que as vezes me entristece, é saber que a ignorância coletiva, faz com se sagrem altares.
Redime e fortalece, o surgir de podres impulsos, que envenenam vontades e olhares,
deixando os corpos a mercê do arbítrio mal escolhido, entre aos males e seus similares.

Neste todo passível e possível de aglutinar de coisas e parecências, quem se abala são os lares.
Sim, porque os perfis tornam-se entregues e pré formados... clones de czares...
e aí, o que se faz visível, é a medíocre forma de querer voltar atrás... meros sonhares...

josemir(aolongo...)





Sonho sonhado...


















O ar que absorvo,
em troca, absorve minhas vontades...
os meus trejeitos afeitos ao alarde,
contracenam com o que se faz vertente
no dia a dia do que em mim arde,
e ai, vejo-me plasmado no querer santo
de estar mergulhado no encanto,
enquanto a chuva não vem...

O poetar que busco,
começa a menear pelas beiras do lusco fusco,
e introduz-me a lugares poucos comuns.
Coisas não muito afeitas a alguns...
um tipo de gosto sem gosto nenhum,
mas que me completa,
à medida que a inspiração me cerca,
e liberta minha forte emoção...

Não trovo, e além disso, tenho medo de trovão.
Não soneto, não consigo controlar o ímpeto
de me entregar ao escrever mais inerente ao meu coração.
As linhas muitas, em papel amassado,
parecem definir o que sinto e o que sou...
apenas um poeta, que se faz fiel a um sonho sonhado...

josemir(aolongo...)

domingo, 20 de julho de 2014

Seguir em frente...

Não existem caminhos difíceis... existe sim, a falta de coragem para transpor aquilo que foge à normalidade, a morbidez do cotidiano...
os porões das prisões, o breu das lembranças fúteis, ainda semi despertos, habitam nossas mentes, por vezes ávidas e afeitas ao estagnar.
O quanto deixei de fazer, apesar de denso, não pode mais estar fixado em meus gestos e falas.
Os momentos de hesitação, os transtornos advindos das relações finitas, não se fazem no hoje, referencia para nada, mas sim causas a serem evitadas.
Não procede mais o argumento sofrível, de que somos arremedos de nossos medos, pois que eles
estão menos presentes. A gente sente...
O que impulsiona deveras, o querer estar e ser, é dedicar-se a servir nossos desejos, não aqueles almejos efêmeros, mas aqueles nos quais habitam, o que haveremos de ser, quando nos arbitrarmos a liberdade.
No mais, a cada conquista, um falar discreto. Um sorriso largo. Um dever aguerrido de seguir em frente.
Nossas histórias, já não são mais aceitas pela metade. 

josemir(aolongo...)

Quando em ti penso, descrevo-me...














Nos colóquios, ou escárnios improfícuos.
Nos momentos, nos quais o precipício, faz-se mais que resquícios
e as partes envolvidas, recusam o armistício,
o anúncio pragmático do que sequer resvala o prático,
faz-me ao me descrever, pensar em ti,

Seriam talvez respingos d'ouro?
Seriam ademais, prenúncios, agouros?

Não...
pois quando me eternizo,
- momentos volitantes -
inserido no que escrevo
eu fielmente descrevo
um digno querer.
O que em mim faz-se total:
tua linda silhueta, a emanar eterno renascer...

E mesmo que à esmo as vezes caminhemos
movidos por rompantes egoístas, quaisquer,
eu sem qualquer relutância ou falta de fé,
faço-me em ti, cada vez mais...
sem porquês, forma livre e sem ais...

Como se as esquinas das ruas repletas,
no teor de suas sinas, fizessem-se incompletas...
meio que frias e arredias, e tu.  exposta em vitrines,
linda qual voar de cisne,
calasse no que penso o que murmurando falo.

E eu posto no sonho,
no remanso/descanso sublime,
feito brilho de vime,
parasse o tempo no tempo
com o intento de saber
que quando em ti penso
de modo claro e intenso,
feito clarejar sagrado e sem fim,
sou-me por inteiro...

Tal qual herói a sobrepujar percalços.
Feito o que se faz, e pós-feito, eterniza-se no sim...
seria assim, como se o planeta parasse,
pra te assistir passeando em mim...

josemir (ao longo...)


Som encantado de uma flauta...















Imerso em sopro mágico da flauta...
aquele que inebria, e nos rociar a alma,
sinto a dormência santa dos poros e pelos.
Ganham consistência os encantados apelos,
que feito hipérboles, reeditam o zelo...
aquele que revivifica...

e a flautista?
Eis que por mais que eu insista, não se faz à vista,
a criatura divina, que executa balsamicamente,
o instrumento liberto, que faz voar nossa premissa...
que valora nossas promessas, aquelas fidedignas...

eis que me embrenho na suavidade de cada nota.
Já não me extasio, pró forma, com qualquer desejo vão,
que do âmago do coração, não brota.
Sinto-me profundo e mergulhado em santa essência.
Apego-me ao sumo do som, que mansamente reverbera,
abluindo o meu sentido lídimo de ouvir, e por inteiro sentir...

E enquanto o som suave dessa flauta,
faz mover meu sentimento de forma cabal,
levanto voo...
já não pertenço ao espaço restrito
dos que se alimentam e fomentam, apenas um fato...
sou parcela encantada do infinito,
enquanto flauta e flautista, preenchem de espasmos,
minha vontade inteira...

josemir(aolongo...)

Se sou...



















Se sou semente, gero em meu jardim
todo o principio, meio e fim, daquilo que em mim,
traduz o não e sim, o que é bom e ruim...

Não protelo, tampouco de forma doidivana,
procuro buscar com gana, o que emana,
de minhas vindas e idas, tensas e buscadas lidas.
Se no entremeio, pouso, aumento os voos de minha vida
e no constante movimento de minhas vontades sugiro erguer vontades caídas,
aquelas, que perdidas em inconsistência desmedida
fizeram-me as vezes, corpo sem arrojo...

Meneio pelos beirais das tendências íngremes,
onde a profundidade do pensamento, enfrenta o breu.
Por saber-me, sei o que significa buscar um apogeu...
algo que seja coerentemente meu, visando dar ao meu eu.
a felicidade do voo...

Se sou vontade plena,
procuro estar atento, forma serena,
a tudo o que se processa, no texto que versa,
de forma conexa, aberta, certa,
todos os meus sonhos...
fiéis e infiéis...

josemir(aolongo...)

sábado, 19 de julho de 2014

Manter-me vivo...

















Resolutos, os meus sentidos tomam a frente de meus quereres...
no céu alhures, não existe o breu da solidão, momento algum.
Senso aberto, desperto, convicto, conexo, revelo meus dizeres.
Circunscrevo, isso sim, a vontade de ser nenhum...
a verdade de querer estar envolto pelos meus revoltos prazeres,
e dançar, a dois, como se fosse um...

busco me entrincheirar em minha zona de conforto...
não sou tão astuto, mas não me vejo morto.

Risonhos, os motivos maiores de meus sonhos,
transformam-se em nuances leves, típicos bailarinos.
Não é do meu interior, ter que aferir o que pode vir a ser medonho.
Tampouco, meu ego solto, não consegue decifrar os sons dos sinos.

Mas, no entrecruzar de meu objetivo mor,
com o que essencialmente me faz a prior
rever-me são, sou um ser criativo.
Sou pluma leve, serelepe, elemento ativo.
Aí se resume, a definição do porquê me manter vivo...

josemir(aolongo...)

Dom da certeza...


















... o sol brilha.
O frio ainda de roldão,
todos os cantos
do meu quarto.

... o desalinho,
talvez reflita o instante
de minha alma,
já meio que cansada
de carregar a densidade
do meu corpo...

... nesse embrionar,
início de tudo,
busco lapidar a argamassa...
necessário eu sei,  se faz,
antes do sentimento de paz,
buscar o dom da certeza.

josemir(aolongo...)

Dono de mim




















Não me queira escravo dos encantos da lua...
tampouco lance às estribeiras de minha emoção crua e nua.
Sugiro que deixe-me livre, feito rompante de fala.
Feito um eclodir finito, representado por murmurares e ditos.
Nada que em mim venha a se refletir faz emudecer, cala.
Quero poder jamais vergar-me ante a incapacidade...
sou uma estrela... sou uma história inteira... sou calma e alarde.

Não me queira a caminhar sem solicitude pela atitude,
que tem medo do frenesi do sentimento, e à miúde,
foge dele... feito a serenidade foge do escândalo.
Feito o sonho insonso, que ao final, assume-se vândalo.

As ponte portas do meu infindo pensar,
podem ser varadas e abertas, num impulso de chegar.
Mas jamais me venha com milongas, resquícios de delongas,
pois o que me mais apraz, é fomentar quereres, vidas longas.

Não me queira amarrado às suas histórias, tenho as minhas.
Não me iluda com dons ilusórios, tenho olhos de ver...

Não me veja remanescente de um passado quase presente,
por onde meu corpo, por vezes, deixou-se levar...
Prezo minha força de partir e voltar...
sou dono de mim, em qualquer circunstância, instância,
em qualquer espaço, tempo e lugar...

josemir(aolongo..)