Dos meus sonhos, eu sou aquele que mais cintila, brilha, grita e buisca

sábado, 19 de julho de 2014

Dono de mim




















Não me queira escravo dos encantos da lua...
tampouco lance às estribeiras de minha emoção crua e nua.
Sugiro que deixe-me livre, feito rompante de fala.
Feito um eclodir finito, representado por murmurares e ditos.
Nada que em mim venha a se refletir faz emudecer, cala.
Quero poder jamais vergar-me ante a incapacidade...
sou uma estrela... sou uma história inteira... sou calma e alarde.

Não me queira a caminhar sem solicitude pela atitude,
que tem medo do frenesi do sentimento, e à miúde,
foge dele... feito a serenidade foge do escândalo.
Feito o sonho insonso, que ao final, assume-se vândalo.

As ponte portas do meu infindo pensar,
podem ser varadas e abertas, num impulso de chegar.
Mas jamais me venha com milongas, resquícios de delongas,
pois o que me mais apraz, é fomentar quereres, vidas longas.

Não me queira amarrado às suas histórias, tenho as minhas.
Não me iluda com dons ilusórios, tenho olhos de ver...

Não me veja remanescente de um passado quase presente,
por onde meu corpo, por vezes, deixou-se levar...
Prezo minha força de partir e voltar...
sou dono de mim, em qualquer circunstância, instância,
em qualquer espaço, tempo e lugar...

josemir(aolongo..)


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