Dos meus sonhos, eu sou aquele que mais cintila, brilha, grita e buisca

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Sonhar e sonhar...

















Ostensivo...
Olhar incisivo de quem
tenciona dar o bote...
o caminho das pedras, também é  esconderijo.
Surge incrustado em rústica veste, o segredo rijo.
Se sou, tenho que arcar com as inverdades 
ou me lançar nas águas frias do lago
que me banha em sonhos?

... real é a necessidade de sonhar
a blasonar lamúrias?
Que sabe...
ou talvez, sei lá!
Inválida é a mensagem que aos meus 
ouvidos o vento murmura?

... talvez eu tenha que despertar.
Deixar de dormir...
insistir em seguir, até que a brisa me leve pro lado de lá.
Seria lá, o lugar seguro para o bailar dos meus quereres 
sonhados?
Mas devo ir... seria incoerência ficar.
Não há volta, quando se escolhe caminhos...
não há esperança, quando se encolhe a vontade.
O poço fundo, tem água cristalina.
Eis a minha sina; sempre e sempre abusar de sonhar,
pra depois me lançar nas águas do lago
e modo profundo, deixar me lavar...

josemir(aolongo...)


Pra te proteger...

..
















... Talvez o pensamento te pegue,
e se encarregue, forma breve e leve,
de te levar pra alhures...
para o apogeu do eu.
Ou quem sabe, para o vislumbre ateu
de tuas passagens tantas...

... mais certo, é que já te não te blindas.

Talvez aches ser cedo ainda...
quem sabe, asseveras a ti o direito
de se conter pra não contar,

o que de forma inquieta, te habita...

... mas continuas bela e aflita.

Ereta, alva, benquista
É... talvez tua viagem se faça,
e quem sabe,
.num arroubo sem preâmbulos,

me leves sonâmbulo,
pra te proteger?

josemir(aolongo...)

sábado, 26 de julho de 2014

Voar antes de criar asas...















Enquanto prismas vertem para a resolução límpida e cristalina
das imagens que se sobrepõem às íris,
retenho meu intento ufanista e otimista...
eis que é preciso olhar alhures, pra o que está além das estrelas...

sob meus pés, o solo de cimento, enterra segredos e medos.
Os sinais cinzentos, inserem ao vento, e feito atos de degredo
abstêm-nos do poder de nos sabermos...

As crianças brincam nos parques das creches,
enquanto riscam o céu, bólidos de velocidade fantástica.
O movimento rápido e célere, derruba a estática,
e ei-nos ansiosos, a querer mergulhar nas coisas mais práticas...

Enquanto novas linguagens surgem, advindas de deuses,
habitantes de terras milhóes de anos distantes,
eis que meu querer derroga privilégios aos idos instantes...
eis que minha força de cantar, dá as mãos ao que se fazia elegante
e imbuídos de graça e charme, nos vestimos elegantes
e bailamos perante os olhares soberbos dos milhões de visitantes,
que objetivam conhecer o céu, sem desvendar os segredos da terra...

josemir(aolongo...)

Despertar de novo...













Embora moribundo,
sinto que meu copo
procura seu norte

O vizinho me traz remédio...
O outro, me traz doces...
nesse constante leva e traz,
do que supostamente
aliviará meu corpo,
inserindo-lhe paz,
observo que as coisas mudam...
que as pressões cedem...
que os objetivos se multiplicam.

Um tanto quanto refeito,
percebo-me afeito aos quereres
mais amplos.
Relevo os enganos de antes,
e dou diretriz nova aos meus prazeres.
Agora, mais límpidos,
bem aprofundados em meus instantes
coloco-me mais à disposição da mudança...

Com olhar mais vivo...
redesperto-me

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Assim são as minhas prerrogativas...

















Somente seria minha, uma visão que fluí feito magia...
um algo encantado, que domina as vertentes do dia a dia,
e acresce sempre um alento, uma reação anti nostalgia;;;
ao meu quarto, apetrechos, guardados e rascunhos de poesia.

Somente seria meu, um sonho que viaja além cantoria,
e se coloca feito amor de mãe que acalenta e guia.
Que alimenta, intrinsecamente sustenta, e dá cor à alegria.

Somente seriam meus, os sonhos que não vêm à revelia.
Aqueles que completam o ciclo de minha mente sadia,
e que elevam minha vida, sem entrementes, ou todavia.

Somente seriam os meus, o Bem querer, que à alma auxilia.
A hora mansa, que doce e suavemente, afasta a brisa fria.
As horas, que por ora, vestem de inspiração, minha doce filosofia.
O instante, que por obra sagrada, ampara meu corpo, e das dores, o alivia,
a trazer-lhe a mansuetude da manhã, que leve e poeticamente, nasceria,
deixando à mostra, toda um canto coletivo, coberto por sublime euforia.

Somente seriam minhas obras, aquelas que se livram das manhas e manias.
Aquelas, que se colocam altívolas, feito alva folia,
e me garantem, que sob a dor, eu jamais sucumbiria...

Assim são as prerrogativas minhas, sem mentiras, jamais vazias.
Simplesmente veras, na força e na paz do que se faz luzir no que encantado, ascenderia.

josemir (aolongo...)




segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dia após dia...

Não me considero um alguém realmente centrado...
tipo aqueles, que quando focam uma meta,
haja tempestade, vendaval, abalo, ferida aberta,
conseguem realçar, modo pleno, o objetivo buscado.

Tampouco, nasci pra ser expert, ou algum tipo de exemplo.
Em verdade, nada em mim, chama a atenção.
Sou um cara meio que estranho, que procura ter a noção
do que significa em mim, a mensagem do tempo.

Sigo articulando idéias, costurando projetos...
não carrego a esperança de ganhar um imenso pote de ouro.
Não me vejo por completo, inserido num retrato tolo.
Sigo meus quereres, modo e meio, libertos.

Talvez eu seja o retrato abstruso de uma grande maioria.
Por isso jamais chegarei a ser a diferença que move e muda.
A espetacular visão de um poeta, que o todo, desnuda.
Talvez eu prefira viver os meus sonhos, dia após dia...

josemir(aolongo...)

Livre arbítrio...


















Ninguém sabe de verdade,
onde realmente insere-se a devassa e a mansidão.
Ninguém sabe, ninguém sabe...
No âmbito interno de nossas entranhas,
ao mesmo tempo em que somos calmaria,
somos turbilhão...

bem vinda seja sempre essa linha cortante,
que durante séculos, sempre sazonalmente,
interpela nossos atos...
por vezes, trava-nos...
por vezes, acelera-nos...

no contexto soberano das idéias prontas,
resolutamente, forma ousada,
eis que percorro minha estrada
sabendo que me corrói a insegurança
da incerteza...
ou, tendo pleno conhecimento,
que ela pode ou não existir...
basta crer no que há de vir...
não de forma dogmática,
mas de forma prática,
pois que sabemos que a opção
a nós pertence...

josemir(aolongo...)